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Do Renascimento à Razão: O Surgimento do Sujeito e a Quebra dos Dogmas
O que é a Filosofia Moderna?
A Filosofia Moderna compreende o período que vai do século XV ao XVIII, começando com o Renascimento e avançando até o Iluminismo e a Revolução Industrial. É um tempo de transição radical, onde o pensamento se liberta do domínio da religião e da autoridade medieval, e se volta para o mundo, o homem e a razão autônoma.
É a era da dúvida, da ciência, da razão crítica.
É quando surge a pergunta: o que posso saber com certeza?
Características da Filosofia Moderna
Antropocentrismo: o ser humano passa a ocupar o centro da reflexão filosófica.
Racionalismo e Empirismo: dois grandes caminhos para o conhecimento.
Crítica à autoridade religiosa e medieval.
Nascimento da ciência moderna: filosofia e ciência caminham juntas.
Busca por fundamentos sólidos do conhecimento.
Política baseada na razão e nos direitos humanos.
Grandes Correntes da Filosofia Moderna
Racionalismo
Confiança na razão como a fonte principal do conhecimento.
Grandes nomes:
René Descartes
Baruch Spinoza
Gottfried Wilhelm Leibniz
Empirismo
A experiência sensível como base do saber.
Grandes nomes:
Francis Bacon
John Locke
George Berkeley
David Hume
Idealismo transcendental (Transição para a Contemporaneidade)
Síntese crítica entre racionalismo e empirismo.
Principal nome:
Immanuel Kant
A Filosofia Moderna e a Ciência
A Filosofia Moderna nasce em um mundo em transformação:
Descobertas científicas (Copérnico, Galileu, Newton) abalam a visão geocêntrica e religiosa do universo.
A Revolução Científica traz uma nova metodologia, e a filosofia busca acompanhar essa precisão.
Método cartesiano e indução baconiana marcam os alicerces da ciência moderna.
Os Principais Filósofos Modernos
René Descartes (1596–1650)
“Penso, logo existo.”
Fundador do racionalismo moderno. Procurou uma base indubitável para o conhecimento.
Francis Bacon (1561–1626)
“Conhecimento é poder.”
Pai do empirismo e da ciência experimental.
John Locke (1632–1704)
Defensor do empirismo e do liberalismo político. Introduziu o conceito da mente como “tábula rasa”.
Baruch Spinoza (1632–1677)
Defensor de uma filosofia panteísta e racional. Deus é a própria natureza.
Gottfried Wilhelm Leibniz (1646–1716)
Criador do conceito de mônadas. Tentou reconciliar fé e razão, ciência e metafísica.
George Berkeley (1685–1753)
Propôs o idealismo subjetivo: “ser é ser percebido”.
David Hume (1711–1776)
Crítico do racionalismo e da causalidade. Pai do ceticismo moderno.
Immanuel Kant (1724–1804)
Revolucionou a filosofia com a Crítica da Razão Pura. A mente não apenas percebe o mundo: ela o organiza.
Política e Filosofia
A Filosofia Moderna também foi o berço das teorias políticas modernas, que influenciaram diretamente a Revolução Francesa, a Independência dos EUA e o nascimento das democracias liberais.
Principais nomes:
Hobbes: o Leviatã e o absolutismo racional.
Locke: liberdade, propriedade, governo limitado.
Rousseau: o contrato social e a soberania popular.
Montesquieu: separação dos poderes.
Outros Temas Relevantes
Ética moderna: da moral racional à liberdade de consciência.
Metafísica moderna: dúvida, substância, causalidade.
Estética e Iluminismo: o belo, o sublime e a crítica da cultura.
Religião: deísmo, crítica à teologia e tolerância religiosa.
O Legado da Filosofia Moderna
A Filosofia Moderna:
Fundamentou as bases da ciência e do pensamento crítico.
Desafiou dogmas religiosos e políticos.
Introduziu o sujeito como centro da experiência filosófica.
Preparou o terreno para a Filosofia Contemporânea.
Por onde continuar?
Explore no Lábios da Sabedoria as páginas dedicadas aos grandes filósofos modernos:
Comece com Descartes, aprofunde-se em Spinoza ou desafie seus sentidos com Hume.
E não deixe de percorrer os trilhos da Revolução Crítica com Kant, o grande divisor de águas.
“O esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade.”
— Immanuel Kant