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Maimônides, também conhecido como Moshé ben Maimon ou pelo acrônimo Rambam, nasceu em Córdova, no al-Andalus, em uma época de rica efervescência cultural entre judeus, cristãos e muçulmanos. Foi filósofo, médico, rabino e jurista, e se tornou uma das mentes mais brilhantes da Idade Média.
Diante da crescente perseguição religiosa, sua família fugiu do fanatismo dos almóadas, passando por diversas regiões até se estabelecer no Egito, onde Maimônides se tornou médico da corte do sultão Saladino.
Sua obra filosófica principal.
Escrita para judeus cultos que estavam em conflito entre a fé e a filosofia.
Propõe uma leitura alegórica das Escrituras para harmonizar os ensinamentos religiosos com a razão aristotélica.
Compilação sistemática da lei judaica (Halachá).
Tenta organizar toda a tradição legal do judaísmo em 14 livros, de forma clara e acessível.
Até hoje é uma das obras jurídicas mais importantes do judaísmo rabínico.
Maimônides também escreveu tratados médicos, mostrando domínio da medicina greco-islâmica, com práticas voltadas tanto à saúde física quanto mental.
Sua obra filosófica principal.
Escrita para judeus cultos que estavam em conflito entre a fé e a filosofia.
Propõe uma leitura alegórica das Escrituras para harmonizar os ensinamentos religiosos com a razão aristotélica.
Compilação sistemática da lei judaica (Halachá).
Tenta organizar toda a tradição legal do judaísmo em 14 livros, de forma clara e acessível.
Até hoje é uma das obras jurídicas mais importantes do judaísmo rabínico.
Maimônides também escreveu tratados médicos, mostrando domínio da medicina greco-islâmica, com práticas voltadas tanto à saúde física quanto mental.
Para Maimônides, a verdade não pode contradizer a si mesma:
A filosofia (principalmente aristotélica) e a Torá vêm de Deus.
Onde há contradição aparente, é porque interpretamos mal as Escrituras.
O uso da razão é um dever sagrado.
Ele propõe que os versículos problemáticos devem ser lidos de modo metafórico ou simbólico, especialmente quando atribuem características humanas a Deus.
Deus é absolutamente uno, eterno e imutável.
A linguagem sobre Deus deve ser negativa (via negativa): só podemos dizer o que Deus não é.
A criação é resultado da vontade divina, mas é compatível com uma ordem racional.
A profecia, para Maimônides, exige grande intelecto e virtude moral.
O profeta é aquele que une sabedoria e espiritualidade.
A ética deve visar a elevação da alma e a harmonia social, inspirada na Lei de Deus e aperfeiçoada pela razão filosófica.
Defende a importância da lei e da justiça como base da convivência humana.
A política deve conduzir as pessoas à virtude e ao conhecimento de Deus.
Um líder ideal é filósofo e justo, à semelhança do rei-sábio das tradições judaica e platônica.
Um dos maiores codificadores da Lei Judaica.
Introduziu a filosofia racionalista no coração da tradição rabínica.
Alguns o reverenciam como um segundo Moisés: “De Moisés a Moisés, não houve outro como Moisés.”
Estudado por filósofos muçulmanos e influente entre os escolásticos cristãos, como Tomás de Aquino, que o cita com respeito.
Uma ponte entre o pensamento árabe e a escolástica latina.
Inspirou filósofos do Iluminismo Judaico (Haskalá) e pensadores contemporâneos como Leo Strauss.
Maimônides representa o despertar filosófico da tradição judaica, mostrando que fé e razão não precisam se destruir — mas se iluminar mutuamente. Ele fala diretamente ao buscador moderno: àquele que se recusa a escolher entre ciência e espiritualidade, entre lei e liberdade, entre tradição e pensamento crítico.
“A ignorância leva à superstição, mas o conhecimento leva à reverência verdadeira.”